tag:blogger.com,1999:blog-41567740234845328022024-03-13T00:26:10.479-03:00Papéis Avulsosbruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comBlogger151125tag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-74107861594891467162021-08-15T22:37:00.000-03:002021-08-15T22:37:27.334-03:00O telegrama<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Uma palavra pode mudar tudo.</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Aquela carta de amor de tantos anos atrás faz doer no peito uma saudade.</div>
<div style="text-align: justify;">
As fotos dos tempos de romance, o primeiro cartão-postal, as alianças ainda guardadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Em meio à tantas lembranças naquela pequena caixa amarela, um telegrama... que nunca tive coragem de ler.</div>
</div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-63787589675549762582016-06-28T23:17:00.003-03:002021-08-15T22:38:11.470-03:00Psiiiiu... <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-F3we4S-vAwfwebpkzmvboFEb7GYl0NsDxj0ni0ZPmQD2IYW63QFUVJDxofwXtzK8gF3uTt1l-cDc4Ok6Y3i0kzAEX4Sdtfw4dpwSf_MdYywP6N-BvtjRo9Z9WVfuzhlHkPbLoV5CBOA/s1600/keep-calm-and-show-me-your-love-1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-F3we4S-vAwfwebpkzmvboFEb7GYl0NsDxj0ni0ZPmQD2IYW63QFUVJDxofwXtzK8gF3uTt1l-cDc4Ok6Y3i0kzAEX4Sdtfw4dpwSf_MdYywP6N-BvtjRo9Z9WVfuzhlHkPbLoV5CBOA/s1600/keep-calm-and-show-me-your-love-1.png" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Psiu! Senta aqui do meu lado! Deixa eu te contar uma história: eu conheci uma garota!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não me pergunte sobre seu perfume, nunca pude senti-lo. Também não insista para que eu descreva sua voz. Ainda não ouvi a melodia. Também não sei o quão quente seu corpo pode ficar junto ao meu. E não, não sei como fica rubro seu rosto quando eu digo que me apaixonei. Mas eu me apaixonei. E tenho vontade de dizer isso a cada cinco segundos, de tão alegre.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Me pergunte, quem sabe sobre o sorriso bobo que ela tem e que eu desenho em minha mente a todo instante. Me pergunte, também, sobre aqueles lábios vermelhos que se mexem maliciosamente enquanto ela diz o meu nome. Me pergunte sobre aquele olhar que nunca vi, mas que tanto conversou comigo em silêncio nas madrugadas de outono. Me pergunte sobre a pessoa que eu conheço mais dentro de mim e que eu sei que é a verdadeira. E única. Parece que eu a conheço desde antes mesmo de ter nascido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sou todo bagunçado, quebrado, despedaçado. E me basta um “Ei, você”, e meu autoflagelo se congela. Nesse instante não há sentido para dores ou incertezas, ou tristezas. Nesse instante eu corro o mundo de braços abertos com o coração em êxtase. Pois eu sou dela. E ela é minha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sabe quando você é criança e passa horas olhando a noite pela janela, esperando aquela estrela cadente aparecer para você fazer o pedido? Mas a estrela nunca cai e a espera se torna inútil. E se a estrela caísse? O que você pediria? Depois de tanta espera você ficaria tão feliz por vê-la que até se esqueceria de pedir. Eu estou tão feliz que esqueci de pedir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ah, não! Não cheguei a ver a estrela cadente que esperei por tantas noites da janela do meu quarto. Mas eu encontrei uma estrela. A qual eu me apaixonei.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E nem que eu descrevesse a beleza das milhares de estrelas no céu enquanto o piano banha a noite com notas cheias de amor, eu seria capaz de comparar com o que ela me faz sentir. Nem que alcançasse a lua sem tirar os pés do chão, eu poderia expressar essa felicidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas não conte isso a ela, viu? É segredo nosso...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Psiu! Eu tô apaixonado por você! Agora vem cá e me abraça. Não larga nunca mais, tá? Pois eu sou todo seu!<br /><br /></div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-6441408587305348212015-05-05T10:39:00.000-03:002015-05-05T10:39:13.083-03:00Abraço de despedida<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVxKGqFQwMimcctng1FXF2vq3cVWC2jys3NynoNGrBWAOhiYTAnW2mXnoOl1fRlEbIaFexszsHdQSfXTrBwRFbGtT2lC-2wNlVzwgAbBcTPazxX69S_yYdUix0AZ4pC8rX3mNpcmnUeW8/s1600/despedida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="380" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVxKGqFQwMimcctng1FXF2vq3cVWC2jys3NynoNGrBWAOhiYTAnW2mXnoOl1fRlEbIaFexszsHdQSfXTrBwRFbGtT2lC-2wNlVzwgAbBcTPazxX69S_yYdUix0AZ4pC8rX3mNpcmnUeW8/s640/despedida.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem: Andreia Miranda - Papel Online </td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Fim de tarde, véspera de feriado. O terminal lotado de pessoas e malas: correndo de um lado para o outro, nas filas intermináveis dos guichês ou das lanchonetes, à espera de alguém que está para vir ou com quem está para partir. Muitos rostos emocionados. Outros, empolgados. Alguns tristes. Na maioria, um sorriso molhado. Tem os apressados, aqueles preocupados em não perder a viagem. E tem os que observam a vida acontecer naquele complexo rodoviário. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mentalmente tenho como companheira Maria Rita, interpretando Encontros e Despedidas, do amigo Milton Nascimento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Caminho até próximo de uma das paredes da rodoviária, onde há um quiosque da Chilli Beans. Melhor ponto de vista para quem espera aqueles que acessam pela saída do metrô. A qualquer instante meus amigos chegariam para integrar, junto a mim, o grupo dos que partem empolgados. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sentado em um dos bancos à minha esquerda, um senhor com camisa azul e bolsa pequena confere as passagens, forçando os olhos para a leitura naquele pequeno papel. A senhora de blusa marrom, provavelmente sua esposa, senta ao seu lado, oferecendo um saco pequeno de pão de queijo e indicando a marcação do horário no bilhete. Dois bancos atrás, quatro jovens planejam os próximos três dias do feriado como turistas no Rio de Janeiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ali, perto de mim, um rapaz e duas moças param. Uma das garotas se despede do rapaz e continua em direção à plataforma. A outra, já com lágrimas nos olhos,abraça aquele que parece ser seu namorado. Ele retribui, envolvendo seus braços na garota e beijando carinhosamente sua testa. Um parece não querer sair dos braços do outro. Alheios à movimentação à sua volta, o casal chora em silêncio. O abraço todo se faz nesse silêncio. Se desgrudam por um instante, para olhar nos olhos um do outro. Ele segura seu rosto e diz, baixinho, que a ama. Ela diz que o ama também. Voltam ao abraço confortável. Ela, com a cabeça escondida no peito dele. Ele, beijando o alto da cabeça dela com carinho. "Eu nunca vou te esquecer", ele diz. Ela afirma com a cabeça, como quem não consegue dizer palavra alguma. Se beijam calmamente. As lágrimas ainda escorrem quando ela volta a abraçá-lo, ainda mais apertado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pronto. Lá vai ela saindo de seu abraço em direção à plataforma onde a amiga já a esperava. Ele continua parado, ainda sentindo o quente dos seus lábios e o calor de seu abraço. Tenta secar as lágrimas com a manga comprida da camisa verde musgo. Olha para um lado, olha para outro, aparentemente desnorteado. Se volta para trás, de onde veio, e desaparece na multidão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Novamente sozinha, pude sentir a dor daquele abraço de despedida. E lembrei do meu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-41841378092464603502015-02-24T13:37:00.000-03:002015-02-24T13:38:07.505-03:00“Eu te amo calado como quem ouve uma sinfonia de silêncio e de luz...”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg41vjWnzwKTpDLeUwZMoDk11LIGJkH6eXgJJTxYRshm0RehN4J0NDIMEC7FgoeYL9S3zFvmb2VGlu2sKS8GE64EHY5ntJQwwb28zSTBACEi4T2VFw-_j1nxJUJdVyyR6Nl0mTOvix4Roc/s1600/soledad-y-sombra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg41vjWnzwKTpDLeUwZMoDk11LIGJkH6eXgJJTxYRshm0RehN4J0NDIMEC7FgoeYL9S3zFvmb2VGlu2sKS8GE64EHY5ntJQwwb28zSTBACEi4T2VFw-_j1nxJUJdVyyR6Nl0mTOvix4Roc/s1600/soledad-y-sombra.jpg" height="320" width="248" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E
dizer, a essa altura, qualquer palavra que remeta a um sentimento, não me cai
bem. Regrada ao silêncio confesso tons à Lua. <o:p></o:p></span></div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-50544443949230480982014-12-09T11:22:00.001-02:002014-12-09T11:22:11.937-02:00Miopia<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFO0Zbdl6BHBBaHe0MXlPCXun1Jc8YP5a4TnAdj7O93T9JZm99Ehqh-w-dvKhEamOaf1HufeNEE5k-8WXOMxliVWmONBj43JYYwIJJDJCXOkDs9QKX9kYqmfVJMrPfSOnKOrWp1rY85bI/s1600/t.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFO0Zbdl6BHBBaHe0MXlPCXun1Jc8YP5a4TnAdj7O93T9JZm99Ehqh-w-dvKhEamOaf1HufeNEE5k-8WXOMxliVWmONBj43JYYwIJJDJCXOkDs9QKX9kYqmfVJMrPfSOnKOrWp1rY85bI/s1600/t.jpg" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem: Google</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Qual o mistério por trás de teus olhos castanhos? Nessas tuas lentes de um grau de miopia enxergo o reflexo da tua íris, que, de maneira torta e até atordoada, busca o foco d’aquela suntuosa alma, embaçada pelas lágrimas que escorrem no teu rosto feito cachoeira no alto de uma colina, entre pedras que se assemelham ao coração de quem partiu sem se preocupar em dizer adeus. Ou até logo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Partiu. Pegou a estrada. Partiu. Pobre coração...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um assobio ecoa de baixo para cima, sobrevoando caminhos, mares e florestas em busca da fonte daquele rio que escorre em cachoeira, feito passarinho que saiu da arca para procurar o mínimo da esperança enquanto, em dilúvio, acabava-se o mundo. Acabou o seu mundo?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Coração grande, alma gigante, corpo pequenino, choramingando numa floresta cheia de espinhos, presentes no coração em desalinho. Pobre passarinho...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Qual o mistério daquele ‘nada’ em seu coração? Nada que te compadeça mereça total falta de atenção. Falta de nada. Nada: toma conta de tudo. Em tudo se encaixa o sentimento absurdo. É amor? É a vida. Deixar ir embora sem esperar o adeus, bater as asas apenas desejando, de todo o coração, que tudo se encaixe. Asas, bicos, olhos, dentes. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Passarinho míope! Bateu no vidro do arranha-céu e morreu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-81065435362593231612014-10-24T11:18:00.003-02:002021-08-15T22:37:53.433-03:00I'm on a roller coaster that only goes up...<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEife0XehNzWLlOu7tfBeNOBX_MgzrclcHknq0M3hx8ay6ArUW80pkK5vP-ZGNLj5Evs93rANHMheLDmKSwFYoj5_wuIXqknsAHdcxO6CM9ww0G1duQ6onkIyABpHYdca5lFPCh3LujcbvE/s1600/fb7ca3b728840275cf8ad0705ec347b4.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEife0XehNzWLlOu7tfBeNOBX_MgzrclcHknq0M3hx8ay6ArUW80pkK5vP-ZGNLj5Evs93rANHMheLDmKSwFYoj5_wuIXqknsAHdcxO6CM9ww0G1duQ6onkIyABpHYdca5lFPCh3LujcbvE/s1600/fb7ca3b728840275cf8ad0705ec347b4.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ilustração: Emily Speiss</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Acordo pensando nela. E a primeira coisa que eu faço é pegar o celular e verificar as mensagens. Sorriso bobo. Como de costume, lá está o recado em seu toque romântico: ou diz que está com sono e precisa dormir, e certamente, ao enviar a mensagem, eu já tenha dormido, ou, já consciente de que o sono me pegou, deseja-me uma boa noite e diz que estará comigo o tempo todo, como um anjo cuidando de outro, ou o simplesmente incrível ‘eu te amo’, que a cada dizer me encanta e me paralisa espontaneamente, como se fosse a primeira vez.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E mesmo sem dizer, o amor está inserido, concebido, enrolado em cada palavra, em cada letra, em cada vírgula, em cada espaço. Nosso “bom dia” tem um “eu te amo”, nosso “tudo bem?” também tem. E não apenas palavras. Meus pensamentos incontidos gritam em um diálogo entre si: “eu te amo, te amo, te amo”. Como se fosse a primeira vez...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E a primeira vez, como foi? Foi da forma mais bonita possível. Assim, espontânea. Tão forte e verdadeira que deixou escapar sem nem perceber, como se abrisse a janela sem perceber que, por trás da cortina, uma borboleta ansiava liberdade e ali estava à espera de um pouco de sorte. Assim ela deixou escapar as palavras, que deram asas ao que hoje vem crescendo sem que tenhamos pressa de medir. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Cada passo do meu dia é dado com um único pensamento: ela. Será que já acordou? Está com frio? Já saiu de casa? Está na faculdade? Está se divertindo? Trabalhando? Está feliz? Será que está pensando em mim? Sorrio. Aquele sorriso bobo que ela tanto gosta: sim, está pensando em mim!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Meu sorriso tem gosto de felicidade. Fecho os olhos e a encontro sorrindo para mim. Parece a cena de um filme bonito, daqueles em preto e branco, que arrastavam multidões de moças aos cinemas, e que elas saíam de lá com a esperança e certeza de que algum dia, aquele amor dos mocinhos, puro e verdadeiro, acertariam seus corações. Mas não é um filme bonito, é melhor que isso, é a minha vida, e é real.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Usando as palavras de um livro do qual gosto muito, estou numa montanha russa que só vai para cima. No caminho, pelos trilhos dessa subida infinita, encontro mais amor. E à medida que vou subindo, esse amor aumenta, duplica, triplica, multiplica. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Amor com doses exageradas de paixão, daquela bem fogosa, que mexe com todos os sentidos, que tira os pés do chão, de um jeitinho bem clichê, sem medir caretices ou renovadas estripulias. Paixão com doses exageradas de amor, provando que um completa o outro, que são coexistentes nesse mundo que é só meu e dela. Para sempre.<br /><br />
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-48705060250889468892014-09-29T00:13:00.000-03:002014-09-29T00:13:15.164-03:00Mãos<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgelOxkKf1FT-dmSeJZqYom-Eg92aTCyv4hZ8hoQn8foTBp_FouD2r7vvIxrM52uTBT7zaklyQ8Re7UI60_yvps5qfGZNw0HjS5n0uX2E_kwcMKoCluJaAei-2Wguh34mq73Z3h1a1GVFo/s1600/m%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgelOxkKf1FT-dmSeJZqYom-Eg92aTCyv4hZ8hoQn8foTBp_FouD2r7vvIxrM52uTBT7zaklyQ8Re7UI60_yvps5qfGZNw0HjS5n0uX2E_kwcMKoCluJaAei-2Wguh34mq73Z3h1a1GVFo/s1600/m%C3%A3o.jpg" /></a></div>
<div>
<br /><br /><div style="text-align: justify;">
A voz metálica anunciava a próxima estação. Desembarque pelo lado esquerdo. Rostos estranhos, parados, conversando, o burburinho aumentando, risos frouxos ou contidos, alguns reclamões nossos de cada dia e todos cansados por mais um dia na rotineira cidade da capital. Eu os observava atentamente, até que avistei, parcialmente, um rosto conhecido, um velho amigo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Uma bolsa, no meio do caminho, pertencente a uma senhora moça vestida de branco e sapatilhas azuis, interrompia boa parte do rosto do garoto, mas reconheci a sobrancelha, alinhada da mesma forma que a do meu amigo. A orelha esquerda tinha o mesmo tamanho e formato. O cabelo igualava o corte recém adotado pelo meu velho conhecido. O tom da pele não poderia ser outro. Até mesmo a forma de mexer a parte de trás do cabelo me fez ter a certeza: era ele! E a roupa? Uma camiseta qualquer coberta por um colete marrom: sem dúvida era ele!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas então... por um instante, a certeza mudou de forma: avistei uma de suas mãos. Definitivamente, não era a mão dele! Não poderia ser! As mãos do meu amigo possuem os dedos longos, finos, tortuosos, por assim dizer. Bem diferentes daquela que eu avistava. A moça de vestido branco e sapatilhas azuis pegou a sacola da Brooksfield que o rapaz de colete marrom e mãos pesadas segurava. Aguardei a próxima estação com certa ansiedade: queria que ela saísse logo da frente de minha visão. Não para constatar se aquele era meu amigo ou não, mas eu queria saber se minha teoria sobre suas mãos estava certa. De fato, estava: não era meu amigo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tal caso levou-me de súbito à uma estranha revelação sobre mim mesma: reparo nas mãos das pessoas. Comecei a mapear, mentalmente, as mãos dos mais próximos a mim. Dedos finos, longos, grossos, tortos, curtos, com cicatrizes, manchas, pintas... pintas! As mãos de alguém, em especial, que passeavam pelas minhas lembranças, chamou-me a atenção.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não vejo aquelas mãos há alguns meses, mas posso desenhar perfeitamente seu contorno. Em seu anelar da mão direita, há uma pinta. Correndo o olhar, subindo o braço, outra pinta completa o mapa, com cerca de um palmo aberto de distância entre uma e outra. Um lindo desenho perfeitamente simétrico. As mãos em si são finas, dedos longos, até um pouco tortuosos, também, mas não como as do meu amigo. Há uma característica única naquelas mãos que ainda não sou capaz de identificar, mas saberia reconhece-las em qualquer lugar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E sentir, também.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda posso sentir aqueles dedos finos entrelaçarem-se aos meus enquanto caminhávamos pelas ruas, ou parávamos em frente a uma vitrine para namorar algum produto. Ou no ônibus, quando ela encostava sua cabeça em meu ombro, e, por vezes, chegava a dormir. E nossas mãos permaneciam entrelaçadas durante todo o trajeto. Ou então apoiava sobre minhas pernas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E me lembro também da temperatura. Mudava conforme o humor. Geralmente, eram quentes, como seu forte gênio. Suas mãos esfriavam apenas quando estava triste, ou desanimada, ou carente. Eu as esquentava com minhas mãos quentes. O que era estranho, pois eu sempre tive as mãos frias, mas ali, ao lado dela, parece que meu corpo em tudo se adaptava para ela, por ela. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O rapaz que parece meu amigo, mas possui mãos diferentes, levantou e despertou-me de tantos devaneios. Devaneios bons, devo confessar. Quase lhe sorri como forma de agradecimento, quando ele passou por mim para sair do trem. Retornei o olhar para o lugar onde ele estivera sentado antes. Uma moça ocupava o banco. Cabelos longos, castanho escuro, óculos vinho transparente, jaqueta jeans azul por cima de camiseta branca, all star branco com desenhos coloridos. Tão parecida em alguns aspectos, mas... Mãos branquelas e dedos curtos. Sem graça. Próxima estação: Jabaquara. Hora de ir para casa.<span style="background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 150%;"> </span></div>
<br />
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-3322045167946452092014-09-23T23:41:00.001-03:002014-09-23T23:41:15.829-03:00'Deixar para trás'<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: justify;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9KOVpQgr3xwiZyCtaXVsBQRaLenvOEapIwm5InAZZQRmgkZ4TH0f_K_psqymn6RRNxSi4vUbCalHZUapSlUposmE6Vjf-hQOx8LYxdbtp87PiBgDdojBkRmS0b6QNfeNxn6xH64CpiWA/s1600/post2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9KOVpQgr3xwiZyCtaXVsBQRaLenvOEapIwm5InAZZQRmgkZ4TH0f_K_psqymn6RRNxSi4vUbCalHZUapSlUposmE6Vjf-hQOx8LYxdbtp87PiBgDdojBkRmS0b6QNfeNxn6xH64CpiWA/s1600/post2.jpg" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Reprodução: Salvador Dali - La persistencia de la memoria</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Despir-se:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Do passado, de sombras, de medos, de sonhos, de loucuras... de pessoas. Encontrar a válvula de escape e escapar pelo ralo, ou pela porta da frente. Qual a diferença?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ocultar o medo e a incerteza do tempo que virá. O tempo, sem pressa, vai com as lembranças, uma a uma, ocultar. O tempo... incerto, sem medo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Deixemos o passado. É hora de mudar: nosso tempo acabou.</div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-5377966395053099422014-08-04T20:08:00.001-03:002014-08-04T20:21:40.432-03:00Amor aos pedaços<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO2DBV-x4yn2Wn4U18y6_8l2fGDE1NgqIf4McxDgclVmluR4iHzsGJgK4wzkd59o_IY59ieTyvAZxHZuSRf61Ss-xNXGkrSERYZWvx3PbEMV9kG7Mhqf0ZgBJrAvFYWEL5tYnJExIiDvo/s1600/cuddle.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO2DBV-x4yn2Wn4U18y6_8l2fGDE1NgqIf4McxDgclVmluR4iHzsGJgK4wzkd59o_IY59ieTyvAZxHZuSRf61Ss-xNXGkrSERYZWvx3PbEMV9kG7Mhqf0ZgBJrAvFYWEL5tYnJExIiDvo/s1600/cuddle.jpg" height="238" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seis e meia de uma manhã de verão. O despertador toca e eu ainda nem consegui dormir. Entre lençóis e cama vazia, passei a noite sentindo a falta que seu corpo quente deixou em mim. Meus braços enrolam o seu travesseiro enquanto uma lágrima escorre até chegar à ponta do nariz e morrer na fronha, que abafa meu choro, já silencioso. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Levanto relutante e me enfio embaixo do chuveiro, desejando, talvez, que a água fria me desperte dessa vontade insaciável de você. Sem sucesso, acabo me lembrando daquela noite em que você chegou sem avisar e me surpreendeu durante o banho. Você me segurou no alto, quase deixando a minha cabeça encostar no chuveiro, beijou cada parte do meu corpo enquanto a água escorria fria entre nós, aumentando a temperatura de prazer e, mesmo com a água, suávamos enquanto nossos corpos uniam nossas almas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Coloco a roupa básica de sempre. Já não me arrumo como antes: decotes exagerados e batons fortes para chamar a sua atenção. Hoje uso o preto para tentar ficar invisível para você e saio de casa com toda essa certeza de que é melhor assim. E meus olhos logo te avistam. Tento disfarçar e me concentrar em meu trabalho, mas é difícil quando alguém como você, que me provoca calafrios e excitação, está a poucos metros dali. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mais um dia improdutivo, para mim. Observo você se movimentar para lá e para cá com papeladas, documentos, arquivos em vídeo, câmeras e gravadores. Você trabalha enquanto o mundo gira, o mundo gira enquanto eu não consigo desviar a atenção de você, não desvio os olhos de você enquanto você nem repara em mim. Deu certo. Tentar ficar invisível para você, quero dizer. Infelizmente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Corro até o ponto de ônibus. Acabo de perder o meu. O vento forte começa a dar sinais de uma breve e devastadora chuva de verão. Os pingos caem feito pedra em minha pele e cogito a ideia de voltar para a agência. O carro preto para diante do ponto e meu coração acelera enquanto o vidro desliza para baixo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>- Entre! Te deixo em casa.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vinte minutos até minha porta sem trocar uma palavra no caminho. Vejo você me olhando pelo canto do olho, com aquele sorriso de lado que você tem. Minhas mãos, que antes acariciavam suas coxas enquanto você dirigia, não sabem se ficam sobre minhas pernas ou no banco, ou se apoio na janela. Olho para a rua tentando ignorar o retrovisor, que mostra bem a cor exata de seus olhos. Conto as casas pelo caminho, como quem conta carneirinhos para tentar dormir. Me perco com os números logo que o carro sobe a calçada. Está calor. Estamos queimando. Ardendo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A pressa quase nos faz arrancar a porta, ao invés de abrir. Tropeçamos no sofá, quase caímos na mesinha de centro da sala, derrubamos a luminária de mesa no chão e esbarramos na parede enquanto os beijos fervorosos e contínuos nos deixam sem fôlego. Ali mesmo o sexo começa. Tiro a camisa sem esforço algum e você arranca minha calça social. Segundos depois você desabotoa a sua camisa e eu tiro seu cinto e abaixo o zíper da sua calça. Mais alguns segundos e todas as roupas ficam no chão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Minhas pernas envolvem seu corpo e já posso sentir você dentro de mim. Gritos e sussurros disparados enquanto fazemos amor: dançamos os passos não ensaiados, mas perfeitamente sincronizados no ambiente escuro. E então estou olhando dentro dos teus olhos, enxergando sua alma, e você responde, também com o olhar, que enxerga a minha com a mesma facilidade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E então já não estou mais em lençóis avulsos na cama vazia. Seu corpo quente me faz companhia por toda a noite e, por três vezes, enquanto seus braços me enrolam, você diz com todas as letras: <i>eu amo você!</i> - o dia amanhece e seu telefone toca.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>- Oi, linda... Sim, trabalhei até agora... pois é, eu tinha que entregar pro cliente agora pela manhã... ah, claro, amor!... Pode deixar!... Certo... chego em quinze minutos. Beijos.</i> </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Você procura na cômoda a aliança dourada que tirou horas antes. Coloca na mão esquerda. Continuo sentada na cama, agora vazia, enquanto você reúne suas roupas pelo chão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- <i>Eu amo você!</i> – repete.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- <i>E você a ama, também...!</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- <i>Sim, eu a amo, também.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
- <i>Por favor, tranque a porta, ao sair!</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Meus pedaços ficam aqui mesmo, no chão do quarto, enquanto vejo você partir pela milésima vez.</div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-32731268341406159202014-05-30T23:29:00.000-03:002014-05-30T23:30:23.049-03:00Queda livre<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgogYemd9uaZDZDOlr0YizjyiG3XtjWsaPADIk3n9sA3u_RFz5-oVhzmdZdCqMZnuoh38kAyh0MbqBO8WaLF89bt1Fq7vUGI7CFBinXrzKFV_wUUYZx28JKOhS-bl592cEter2c-ZPWEN4/s1600/234943_Papel-de-Parede-Queda-livre--234943_1280x1024.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgogYemd9uaZDZDOlr0YizjyiG3XtjWsaPADIk3n9sA3u_RFz5-oVhzmdZdCqMZnuoh38kAyh0MbqBO8WaLF89bt1Fq7vUGI7CFBinXrzKFV_wUUYZx28JKOhS-bl592cEter2c-ZPWEN4/s320/234943_Papel-de-Parede-Queda-livre--234943_1280x1024.jpg" height="320" width="305" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
Parei de voar. De repente me vi
sem asas lá do alto. Tarde demais para gritar por socorro. Não havia nuvens
para me segurarem. Não havia torres para eu agarrar. Não havia você aqui
embaixo, para me amparar. Eu estava lá... em queda livre. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
E quanto mais eu me aproximava do
chão, mais as lembranças do ‘nós’ apareciam na minha frente: o dia em que te
conheci, a primeira vez em que você sentou-se à mesa do bar conosco, a
inesquecível conversa no MSN, o seu mau-humor nas primeiras férias, as perguntas
sem respostas, o modo como você entrou em minha vida, os passeios no shopping,
o meu vício em você, as mensagens de cinco em cinco segundos, os comentários
sobre nós, minha queda, as asas que você me deu, nosso primeiro beijo, nosso
namoro, o sentimento que foi crescendo e crescendo e crescendo... <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
‘Eu não
me vejo mais sem você’. É. Eu também não. E está sendo difícil. ‘A intenção era
você aproveitar para ficar completamente longe de mim. Sem sofrer’. Impossível.
Sinto dizer, mas não penso em outra forma pior de me fazer sofrer, no momento.
Para dizer bem a verdade, queria não ter te conhecido. Queria que você
continuasse sendo a pessoa estranha que muda de humor a cada segundo, a pessoa
que, por coincidência, estudasse no mesmo lugar que eu, que fizesse o mesmo curso
que eu. Nada mais. Nada além de meros conhecidos que se cruzam nos corredores e
dizem apenas ‘bom dia’. Eu mal sabia seu nome.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Hoje
sei seu nome. Seu telefone eu tenho de cor. As músicas que você gosta me
perseguem até em lojinhas de doces. Os filmes que você assiste passam em todos
os canais. Restaurantes, sobremesas, livros, canecas, jogos eletrônicos... tudo
me faz lembrar você. Impossível não pensar em você ao comprar um pacote de
balas de goma, ou quando coloco um pouco de pimenta na minha comida. Quase
posso ouvir você reclamar: ‘Para de comer isso! Vai te fazer mal’. Penso em
você quando me jogo no sofá. E também quando passo em frente a um sebo. Penso
em você quando meu celular toca. Uma nova mensagem, mas não tem seu nome. Penso
em você até quando os passarinhos cantam. Imagino que você os xingaria... se
estivesse aqui. Tudo me traz um pouco de você. Lágrimas de sangue. Quantas
vezes eu ri disso? <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Nunca
fui tão verdadeira com uma pessoa, quanto sou com você. Nunca tirei a máscara
para ninguém, além de você. Nunca fui tão eu mesma, quanto fui com você. Ao
mesmo tempo nunca tive tanto medo de dizer certas palavras, quanto tive ao
estar com você. Porque, pela primeira vez, elas pareciam, de fato, fazer
sentido. Um sentido meio complexo, meio sem explicação, mas totalmente coerente,
dentro do meu coração. Você despertou em mim o verdadeiro, me manteve com os
pés no chão e ao mesmo tempo me deixou livre para voar com você. Agora você não
quer mais voar. Deixou-me sem asas e sem você...<o:p></o:p><br />
<br />
<br />
<br /></div>
</div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-67204811853192208962014-05-29T01:05:00.001-03:002014-05-29T12:23:59.927-03:00 Laranja cor-de-fogo<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibEdPE6X2kNk9OtM8okU5idZG82ErUyZB4Zig2at5aAqgXC2Ehflg2M79Volmyedzcbx6xUBCP1TC1-aZWOtXoNQhZ3AhxTCcCAHwgTwGeidqsfhuau005CpOFGamIkpugOMDsNnXRoV4/s1600/nuvens.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibEdPE6X2kNk9OtM8okU5idZG82ErUyZB4Zig2at5aAqgXC2Ehflg2M79Volmyedzcbx6xUBCP1TC1-aZWOtXoNQhZ3AhxTCcCAHwgTwGeidqsfhuau005CpOFGamIkpugOMDsNnXRoV4/s1600/nuvens.jpg" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Bruna Sousa - maio 2013</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Encontrei seu olhar perdido entre a multidão. Por um minuto pensei em correr em sua direção e te abraçar, pular em você como eu costumava fazer, e te beijar de leve nos lábios. Por um minuto eu achei que todos esses quatro anos vazios não tivessem passado e você ainda era meu. Por um minuto acreditei num novo final feliz. Infeliz minuto. Não eram os seus olhos na multidão, aqueles que avistei. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Encarei-os repetidas vezes para me certificar de que sim, eu havia te perdido para sempre. E não poderia sentir novamente o cheiro do seu corpo recém saído do banho quente, ou o calor das suas mãos nas minhas durante um passeio no parque, ou o sabor do sorvete de baunilha com calda de chocolate que dividimos naquela tarde.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Tô com saudade desse tempo que a gente perdia sem perceber, olhando para as nuvens que dançavam no céu. Tô com saudade do café quente que você me levava na varanda, durante o inverno. E da fumaça que subia da xícara, desejando misturar-se às nuvens. Tô com saudade de você se espremendo na poltrona, só pra ficar do meu lado e sentir minha pele na sua. E essa saudade é daquelas boas, que faz a gente ouvir uma música mesmo em silêncio.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Olho pela janela do ônibus e meus pensamentos continuam nas lembranças do 'nós'. Esse céu... essas nuvens... esse laranja-cor-de-fogo que intensifica em meus olhos a paixão refletida pelo seu coração... me fazem lembrar você. </div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
E então nessa realidade alternada eu ando assim, me escondendo, me esquivando, me apropriando de inúmeras camuflagens... apenas para encontrar seu olhar por pelo menos mais uma vez.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Um sonoro "eu te amo" escapuliu dos meus sonhos. Acordei por engano.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-50680036290592749512014-05-19T22:58:00.002-03:002014-05-19T22:58:29.902-03:00O destino, o medo e os sonhos [ina]cabados<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPeRmzXCrzhdwffPsRlbVLBKwsW7LV-Zbh62Lw4qB_Zwyvf41IT0LrG3FeXmwlD0R3IxHZdlfV488A1plQAhAfz8uAqjAC1gXiPrjwPb-0bgJ7pvBWyxq0Vxk2hxmIVj2KTWxuF9cLj5c/s1600/SONHAR.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPeRmzXCrzhdwffPsRlbVLBKwsW7LV-Zbh62Lw4qB_Zwyvf41IT0LrG3FeXmwlD0R3IxHZdlfV488A1plQAhAfz8uAqjAC1gXiPrjwPb-0bgJ7pvBWyxq0Vxk2hxmIVj2KTWxuF9cLj5c/s1600/SONHAR.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Olhava para o céu vislumbrando a imensidão de uma noite estrelada. Sua mente viajava entre sonhos e planos sem que um toque qualquer pudesse despertá-la. Seria tarde demais implorar por um minuto de atenção? As lembranças de um desejo de futuro jamais existente permeavam por entre céus como lençóis de uma camada fina de sonhos. Delírios. Não haveria mais verdade naqueles desejos. Não haveria mais possibilidades. E então encontrou-se em meio a tantas dúvidas e uma outra verdade que nunca antes quis enxergar: coisas do destino.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sim, talvez ele exista - ela pensou - Mas, se existe, porque encantar-me com planos que sabe que jamais poderei alcançar? - chorou. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em desencanto um pranto de um futuro inacabado. Sonhos destruídos. Aquele som que um dia ela imaginou, talvez jamais seja tocado. O timbre de uma voz que nunca ouvirá. O brilho dos olhos que não encantará. As primeiras palavras, o primeiro passo, as primeiras vitórias e, por que não, as primeiras derrotas? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez o destino, aquele que nunca antes havia existido para ela, zangado com total descompaixão e desprezo, tenha feito daqueles sonhos os planos que jamais existirão. E os planos, inacabados, riscados das linhas de um caderno invisível da vida, como um simples item da lista de supermercado, ou de uma tarefa no trabalho, não passam de meros exemplos de decepções de si mesma. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E ela apenas sonhava em ser mãe. Com frio na barriga ao imaginar como tudo seria.</div>
<div style="text-align: justify;">
__</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCyC6A_LSHkUxKuDLDafAzR9uBZ_TgS5Ads0F7ynBCPchYw4NtQIC0-3wtvPN6f6UlGP6IcEEQNRtWc0-n7UvB_vtueifTwrPrWuP-0o3o8QoK3jw1kaZczfZ6c-vtKAg-qm3mUozUVD4/s1600/sonho.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCyC6A_LSHkUxKuDLDafAzR9uBZ_TgS5Ads0F7ynBCPchYw4NtQIC0-3wtvPN6f6UlGP6IcEEQNRtWc0-n7UvB_vtueifTwrPrWuP-0o3o8QoK3jw1kaZczfZ6c-vtKAg-qm3mUozUVD4/s1600/sonho.jpg" height="320" width="293" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Como foi que aprendemos a sonhar? No manual dos sonhos? Certamente há um item que diz que qualquer sonho está susceptível ao engano, ao adiado ou ao impossível. Por que ignoramos tal item? Por que não conseguimos nos tornar aquela atriz famosa que sonhamos quando éramos crianças? Ou veterinária? Ou astronauta? Ou jogador de futebol? - São sonhos bobos de criança - você pode me responder. Ok, por que então não conseguimos o emprego dos sonhos depois de muito estudo, provas, enxaquecas e um diploma suado da faculdade? Por que a casa que desenhei em tantas folhas de papel na escola não existe? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Corro atrás de sonhar tantas coisas e esqueço de parar para realizar ao menos um pequeno desejo, aquele de infância que cresceu e me tomou por inteira. Desfocada, desabrigada de esperança d'um futuro bom, passo a viver apenas mais um dia. E este acaba por ser meu único sonho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-52537832108904347692014-05-05T12:01:00.000-03:002014-05-31T11:49:25.759-03:00"Deixei meu 'amor' na balada"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz58iYccDegz1n-prOH58rJ2yucnoTILpyU9kdG-Wkidi4OHJf_KoDPAmN-gexMwCTjpEp6AWBxzXrRGpHnh5OSycMKdx3pGntutdG1brHsh9bLuAHEuZk6qTp6iJgaqHfuVNN5OYw4f8/s1600/on+the+beach.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz58iYccDegz1n-prOH58rJ2yucnoTILpyU9kdG-Wkidi4OHJf_KoDPAmN-gexMwCTjpEp6AWBxzXrRGpHnh5OSycMKdx3pGntutdG1brHsh9bLuAHEuZk6qTp6iJgaqHfuVNN5OYw4f8/s1600/on+the+beach.png" height="240" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
"Difícil pedir bebida aqui, 'né'?", perguntou. Olhei para o lado. Sabia que havia alguém ali, mas não havia percebido que era ele: o cara que chamou a minha atenção ao subir as escadas, vinte minutos antes. Desviei o olhar, ainda tímida, mas deixei que ele percebesse meu sorriso e, sem demonstrar muita importância, respondi que melhor assim, afinal poderíamos acreditar, com o grande número de pessoas interessadas, que a bebida era realmente boa. Ele riu. Concordou comigo. Perguntou o que eu iria beber. "Qualquer coisa com Jack Daniel's", respondi. Ele se ofereceu para pagar, mas mostrei o cartão brinde que eu tinha. Ele sorriu novamente e pediu que eu escolhesse a bebida para ele. "Que tal Sex On The Beach?", sugeri. "Sex On The Beach, por favor". Ele me agradeceu e esperou que o drink ficasse pronto. Sorri e deixei o balcão, com a minha bebida na mão. Estávamos no terceiro andar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto descia as escadas, em direção à pista, onde meus amigos me esperavam, deparei com um deles, que me perguntou algo, mas não consegui entender, pois, na mesma hora, o rapaz do Sex On The Beach já havia me alcançado. "Já que você me sugeriu essa bebida, acho que devo dividir com você", disse ele. Meu amigo, nada discreto, olhou para mim e para minha nova companhia. Sorriu maliciosamente e continuou subindo os degraus. Experimentei a bebida, ainda que não gostasse de vodka, e ofereci a minha. Ele apreciou a escolha que eu fiz. As duas escolhas. Ou pelo menos foi simpático ao dizer que sim. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Descemos para o segundo piso e devolvemos a bebida um para o outro. Nossos olhares se comunicavam mais rápido que nossos lábios, mas por pouco tempo. Descansamos nossos copos em alguma mesa qualquer que encontramos no caminho e nos beijamos. Um beijo doce, misturado com whisky, vodka, laranja e maracujá. Pelo hálito agradável, logo pude perceber que o cigarro não é um de seus vícios. O que me deixou contente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele falou, baixinho, ao meu ouvido: "gostei bastante de você". Dei-lhe um último beijo e me afastei, pedindo, com o olhar, desculpas pela mudança repentina no clima. Desci para a pista, último andar, esperançosa de perdê-lo por entre os milhares de dançarinos da agitada noite paulistana. Encontrei minhas amigas e juntei-me ao grupo com os passos da música eletrônica. Dois minutos depois ele passou por mim, agradeceu, não sei se pela indicação da bebida ou pelo beijo, e continuou a adentrar a pista de dança.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Minhas amigas olhavam-me curiosas. Pelo meu olhar, elas já sabiam o que havia acontecido. E nesse instante senti um leve arrependimento por tê-lo deixado na pista de cima. E então ele voltou, com a desculpa de que havia perdido os amigos. Perguntou o meu nome. Eu perguntei o dele. Lucas. 23 anos. Último semestre de engenharia civil. Não ouvi o nome da faculdade. Ele sorriu. Percebeu que eu já havia me distanciado de seu olhar. Disse adeus e se foi. Não o vi mais durante toda a noite. </div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-6393235780007872452014-04-17T09:59:00.001-03:002014-05-31T11:53:44.225-03:00Como uma sinfonia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLXCP1xw5p1TB8kwgOszV3lcF6JDZjnJ2EOVJ_uG5hXf7MZtn573_Jq6PJTbcUIyt0c9SQmE3JHTN1wG3qayA0IrQalYrCWaU4DbP-ds2HjOLi6ZWb9eDRSU1Y6xEfwUJzU1EIGO93N7k/s1600/sinfonia+de+amor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLXCP1xw5p1TB8kwgOszV3lcF6JDZjnJ2EOVJ_uG5hXf7MZtn573_Jq6PJTbcUIyt0c9SQmE3JHTN1wG3qayA0IrQalYrCWaU4DbP-ds2HjOLi6ZWb9eDRSU1Y6xEfwUJzU1EIGO93N7k/s1600/sinfonia+de+amor.jpg" height="255" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
A Lua maestrava majestosamente no palco onde as Estrelas ecoavam sinfonias de luz. A musicalidade dos corações alcançava os céus com o silêncio de um beijo apaixonado. Batidas ritmadas. “Tum tum. Tum tum”. Toque das mãos, dos lábios, das almas. “Tum tum. Tum tum”. E seguiam o compasso mal ensaiado dos últimos meses. Era paixão, era calor, era maior, era amor. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aquele momento continua em mim. Em cada parte de mim. Eu ouço as batidas. Sinto o calor, o perfume, as cores, o sabor. Pela calçada, procuro meu caminho para encontrar o teu. Passos compassados: uma introdução ritmada. Alguns minutos e já posso ver você ao longe. Como uma sinfonia, a música cresce dentro de mim e meus passos se apressam. Perto de ti, meu coração acelera: chegou o refrão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Beijo-te com calor, com fervor, com toda a paixão exacerbada. É o ápice, o alto do Everest, o pico do mundo. Enquanto nos beijamos, bailarinas em todo o mundo se entregam em uma única coreografia. A Lua, maestra divina de nossa sinfonia, assiste cada canto do universo transmitindo nosso amor. Mas as estrelas, cansadas da canção, pairam em silêncio. Seu amor acabou?</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
__________</div>
</div>
<div>
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<br /></div>
</div>
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<div style="text-align: justify;">
Não vá embora sem antes ouvir o que tenho para lhe dizer. Não vá embora sem saber que, todo esse tempo, só me fiz amar você.</div>
</div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-74311796647445623952014-04-06T20:39:00.001-03:002014-05-31T11:50:18.973-03:00É tudo por você...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwVW2Cz33sa53ePV1qNCX7IizFKBXZ6SA3nb3xxCOr8ptN6fNm0cp-DzEBXMbyNWcb-ppLjNETDx6xOLOViPdK4ejC0heejdBlR1mozzWWi46GTGH1tkcnVOWUI9d-h6Og4P7GKgdwpuI/s1600/tudo+por+voc%C3%AA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwVW2Cz33sa53ePV1qNCX7IizFKBXZ6SA3nb3xxCOr8ptN6fNm0cp-DzEBXMbyNWcb-ppLjNETDx6xOLOViPdK4ejC0heejdBlR1mozzWWi46GTGH1tkcnVOWUI9d-h6Og4P7GKgdwpuI/s1600/tudo+por+voc%C3%AA.jpg" height="241" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Sentir. Uma onda que cresce e arrebenta e acrescenta calor, mas não dá para explicar. Sentir e viver. Viajar com o coração. Cantar com alma, tons e cores. Sentir e amar. Inventar canções, paixões, emoções... e cada passo desse caminho que eu traço, faço tudo por você. </div>
</div>
<div class="MsoNormal">
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<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
E quanto aqueles momentos nossos, das gargalhadas estrondosas, da ternura e cumplicidade, das nossas trocas de olhares, sorrisos, cantos de amor, de encanto com a mais fina flor. A beleza dos pássaros e nossos toques nas mãos. E quanto aqueles momentos nossos, serão sempre nossos, num universo particular. </div>
</div>
<div class="MsoNormal">
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<br /></div>
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<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Vem cá, que num abraço eu te amasso e ainda faço dos meus braços os laços sem embaraços para aquecer seu coração em cada pedaço<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">. <o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
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<br /></div>
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<div style="text-align: justify;">
E como conter tantas emoções? Acaso também é um caso. E caso não tenha reparado, nosso caso, fruto de um acaso, começou como um caso discreto e incorreto e depois se tornou indiscreto e correto para o meu coração, que, em algum momento, talvez por acaso, venha eu me lembrar como o mais belo dos casos. </div>
</div>
<div class="MsoNormal">
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<br /></div>
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<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Sorrio e choro, ouço e digo, canto e me calo, corro e paro... não me canso, não desencanto, não largo em qualquer canto esse canto que tanto declamo. Eu te amo. </div>
</div>
<div class="MsoNormal">
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<br /></div>
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<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
A rosa que me consome, me costura, me acostuma à uma realidade nua, fria, crua. De uma coisa boa, nova, louca. E o amor que cresce e enobrece.</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
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<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
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Só as palavras não falam por si. Nem essas rimas mal traçadas. Nenhuma ação causa a reação do ato que reato e desato nesse relato. Amor, esse fenômeno nato. </div>
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<br /></div>
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<div style="text-align: justify;">
Farei tudo por você...</div>
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<br /></div>
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Mas até quando?</div>
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bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-81935123755725855642014-03-17T22:19:00.000-03:002014-05-31T11:51:36.571-03:00From my BestA Friend Forever<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzRsDcqOOIFe1HzQ5kG-XJvdHP3_5_9HOlnu_KE-SlnVHTIEJXIVT2rZqltxyY79cPWYdHRZD0sk7yuibg6VHYb9J45mg7VQH9WVeFdiDSs2V6fXNeCscw82lKkS4QajvELjNhHdY46rY/s1600/melhor+amigo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzRsDcqOOIFe1HzQ5kG-XJvdHP3_5_9HOlnu_KE-SlnVHTIEJXIVT2rZqltxyY79cPWYdHRZD0sk7yuibg6VHYb9J45mg7VQH9WVeFdiDSs2V6fXNeCscw82lKkS4QajvELjNhHdY46rY/s1600/melhor+amigo.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Todos dizem que sou boa com as palavras. Não sei até que ponto eles estão certos. Quantas vezes tive vontade de te ligar e dizer as coisas mais verdadeiras, puras e carregadas de amor, mas nunca encontrei as palavras para decifrar tanto sentimento e expor para ti? Quantas vezes eu disse as palavras erradas, com aquele medo enorme de dizer as certas e errar? Quantas vezes eu... decepcionei você...?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lembra como as coisas costumavam ser? Era tudo tão simples, tão fácil, tão... perfeito! A gente caminhava juntas, às vezes sem destino, às vezes em direção ao mar, às vezes para encontrar o que completava toda a felicidade que poderíamos gerar e sentir. Era tão fácil...</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<div>
<div style="text-align: justify;">
Eu fazia planos, em minha mente maluca. Imaginava o futuro de diversas formas, em diferentes situações. Você estava em todas as versões de minha vida sonhada. Você era o sol. Era a lua. Era o mar. Era o ar. Era meu mundo. E ainda é. Sempre será. A diferença é que cresci e não sei mais dizer o que era antes tão fácil. Cresci e desaprendi a demonstrar amor com um abraço. Como aqueles que a gente trocava. </div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez a culpa seja da distância. Das incertezas. Dos ciúmes. Dos outros. Minha. </div>
</div>
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<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Então... voltando para a questão inicial... dizem que sou boa com as palavras. Pois bem, esclareço: eu não sou. Disquei seu número cinco vezes, hoje. Não completei a ligação em nenhuma das vezes. Não sabia o que dizer. "Feliz aniversário"? "Parabéns"? "Oi, sou uma cretina, mas... Espero que um dia você possa me perdoar. Eu te amo". </div>
</div>
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<br /></div>
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<div style="text-align: justify;">
Talvez seja mais fácil para mim escrever um texto para o blog. E que as pessoas leiam achando que é apenas mais um texto sem significado específico, mais uma ficção. Deixe que elas pensem, pois não é. Talvez algum dia eu deixe de usar essa máscara de vergonha que a internet me emprestou e eu possa te dizer, com as palavras certas, com o abraço certo, que eu amo você. Feliz aniversário!</div>
</div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-83810660551814353082014-03-13T23:39:00.000-03:002014-05-31T11:51:58.951-03:00Leave me alone<img alt="Leave me alone" src="http://data3.whicdn.com/images/77484544/large.jpg" height="216" width="320" /><br />
Queria ficar alheia a esse mundo. Ao seu mundo.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Queria não mais me importar se você está bem ou não; queria abrir os olhos e esquecer que um dia e os fechei para pensar em você; queria que nossos sonhos, desejos e planos nunca tivessem sido traçados; queria suspirar sem esse peso no meu coração, que clama cada vez mais alto pelo seu; queria caminhar para cada vez mais longe dos passos teus; queria deixar de sentir, por pelo menos uma única noite, o seu cheiro em mim...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-78288680513766284892014-03-11T23:40:00.001-03:002014-05-31T11:52:30.436-03:00[Filme] Her<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoAM6x7BAaza8qXGqpo7mWrzcCRk2QAgQUU6oJMvn_lfAxP0xfvAqyo93F9X8Gm4Kg8EVUTuslDEhd0frZ-XCVKtpniKKFXp31ids0z0jPhonl76cmQIo00Z_3T_kJkryKQRrBB46gvb8/s1600/Her.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoAM6x7BAaza8qXGqpo7mWrzcCRk2QAgQUU6oJMvn_lfAxP0xfvAqyo93F9X8Gm4Kg8EVUTuslDEhd0frZ-XCVKtpniKKFXp31ids0z0jPhonl76cmQIo00Z_3T_kJkryKQRrBB46gvb8/s1600/Her.jpg" height="250" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem: reprodução</td></tr>
</tbody></table>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"<i>Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar</i>"</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Zygmunt Bauman </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A interação entre homem e máquina vem perdendo a distância. Uma linha tênue que diminui cada vez mais as diferenças de um e outro. No livro <i>Cultura da Interface</i>, escrito pelo "Darwin da tecnologia" e uma das personalidade mais influentes da internet (segundo a Newsweek), Steven Johnson, a interface cibernética interfere diretamente no cotidiano do usuário de uma vida moderna, refletindo suas principais características. Com o conceito de <i>modernidade líquida</i>, apresentado por Zygmunt Bauman, filósofo e sociólogo contemporâneo, percebemos que tempo e espaço deixam de ser concretos para se tornarem efêmeros e, como diz Bauman líquidos: uma "revisão de conceitos" da chamada <i>modernidade sólida</i> como de Orwell, em sua obra <i>1984</i>. Lúcia Santaella utilizou o termo <i>sociedade ubíqua </i>para se referir à comunicação onipresente (que está em todo lugar, à qualquer hora). Neste cenário encontramos um homem, Theodore, em meio a uma intensa e dominante paixão por seu sistema operacional, Samantha.</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Theodore, interpretado pelo célebre Joaquim Fênix, o ator perfeito para o papel e que já demonstrou em outros trabalhos seu alto potencial tocante e dramático de mexer com as pessoas, vive um homem que enfrenta as dificuldades de aceitação do término de seu relacionamento, que parecia perfeito. Anteriormente tão alegre e engraçado e, atualmente, mergulhado em agonia depressiva, Theo é adepto às novidades tecnológicas e encanta-se com a mais recente: um sistema operacional capaz de "conversar" e interagir com o usuário, como se fosse uma pessoa. A questão é que o sistema, de tão semelhante aos humanos, pode "transmitir" sentimentos. Sem contar a sensual voz emprestada por Scarlett Johansson.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como toda relação comum, a de Theodore e Samantha também passa por crises. E então o telespectador, talvez um tanto incrédulo no início do filme, se encontra diante de todo o drama humano e real envolvido e passa a enxergar em Theodore um pouco de sua própria história: a busca em si mesmo de quem se perdeu entre os sentimentos mais puros e verdadeiros: o amor. E, logo em seguida, a sensação de que este mesmo amor só nasceu por uma consequência, uma falta que necessitava ser preenchida, um fato revelado por culpa das circunstâncias. </div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<div style="text-align: justify;">
Pelo menos este foi o sentimento que me dominou quando os letreiros na tela anunciaram o final do filme e as luzes acesas da até então sala de cinema nos convidavam a deixar o recinto. Imediatamente, os conceitos apresentados no primeiro parágrafo, e alguns outros que li por aí, criaram em minha mente um círculo de questões aos fatos mais complexos da vida e que podem jamais serem respondidas: qual a nossa possibilidade em amar? qual o nosso limite para o amor? </div>
</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<div>
<div style="text-align: justify;">
Sem mais. </div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
</div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-64873275457665612392014-03-07T23:43:00.004-03:002021-08-15T22:37:09.617-03:00A culpa é da noite estrelada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifwYFElJIaxUiqeMAJK_e870lVM04Qd0TfjiXRfJHt29L6_Dc6toSZcbfQ3bas8MF-rk0NV6JiUKl8NcNl4gINljA3IWw1sc22AHk5ZLV8uot1fJHhXy0xIt-tM1jAe5xcjqO9GwCWpk4/s1600/C%C3%A9u+estrelado.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifwYFElJIaxUiqeMAJK_e870lVM04Qd0TfjiXRfJHt29L6_Dc6toSZcbfQ3bas8MF-rk0NV6JiUKl8NcNl4gINljA3IWw1sc22AHk5ZLV8uot1fJHhXy0xIt-tM1jAe5xcjqO9GwCWpk4/s1600/C%C3%A9u+estrelado.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Enquanto a chuva cai lá fora e toca a sinfonia que a gente ouviu tantas vezes juntos, eu estou no sofá pensando o que eu escreveria, se tivesse que me despedir. Escrevi algumas palavras e apaguei. Escrevi novamente e apaguei de novo. Não sei o que dizer. Apenas obrigado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Você não acredita em destino. Mas já parou para pensar que toda a nossa história foi uma linha traçada pelo destino? Não fosse ele, qualquer outra decisão teria nos afastado. E penso que é o destino o culpado de a chuva cair agora. Não apenas lá fora, mas na minha vida. Vem tempestade por aí. E isso me dá medo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lembrei agora de quando comprei aquelas passagens. Eu poderia ir para qualquer parte do Brasil, mas algo me chamava à São Paulo. Era o destino. Além disso, ele me fez escrever aquela primeira carta, o meu email para você. Lembra disso? E o destino me fez reencontrar minha profissão. Estava mais que escrito, estava cravado em uma pedra que era hora de voltar. Você me fez ficar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não me diga que não é culpa do destino! Claro que é! Ele me fez perceber que tudo o que fizemos de errado deu certo no final: eu amo você de um jeito diferente, agora. Eu amo você pelo que construímos juntos e por tudo o que você me deu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A culpa, na verdade, é daquela noite estrelada em que sentamos na areia da praia e tudo o que eu tinha era um relance do seu rosto levemente iluminado pela lua, quando você virou em minha direção e a brisa trouxe seu perfume a mim, e então você disse que não dava mais pra continuar, que a gente tinha que lembrar que tudo havia dado certo, por um tempo. Eu senti vontade de chorar, mas o destino soprou no meu ouvido e então eu percebi que não deveria desistir de você, mas da dor que aquilo poderia me causar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Percebi que aquelas suas palavras eram a melhor coisa que alguém poderia ter me dito. E que eu poderia ter você em minha vida de outra forma. Pois bem... lá vem novamente o destino. Você foi cúmplice dele e nem percebeu. Ainda não acredita em destino? Como me explica então o fato de que nossa história se reverteu e você me trouxe estrelas? Estrelas de muitos nomes: Mônica, Katy, Christine, Yve, Samantha, Satine, Lindinha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E só tenho uma coisa para dizer: obrigado! A culpa é sua, é da noite, é das estrelas...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas parece que não é pra ser... pelo menos não agora. E então, Sr. Destino, me responda: quando vou ver estrelas novamente?</div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-6858942121866242812014-03-06T22:40:00.001-03:002014-05-31T11:52:55.275-03:00Euforia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiiBuuzfupoqwA8tj1fTuXoZc96uxv7ONGjfyKMSUYetJCMMNly0-j26BjJPUmguL61TuX87IaMIAGV6g640DReccYk4MvGg1KtTrmOxLPrLCOOWwVjfTfgHg1z4jDoiYSBqkL5FDpYyk/s1600/carnaval.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiiBuuzfupoqwA8tj1fTuXoZc96uxv7ONGjfyKMSUYetJCMMNly0-j26BjJPUmguL61TuX87IaMIAGV6g640DReccYk4MvGg1KtTrmOxLPrLCOOWwVjfTfgHg1z4jDoiYSBqkL5FDpYyk/s1600/carnaval.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Em meio à histeria carnavalesca da periferia, a gente samba com os dedos, escrevendo poesia...</div>
<div style="text-align: justify;">
Em meio a tantos laços entrelaçados nas serpentinas, me lanço num laço e entrelaço meu coração em ti.</div>
<div style="text-align: justify;">
Estou em euforia, em simpática sintonia, harmonia e alegria.</div>
<div style="text-align: justify;">
É meu jeito torto maroto de dizer sem temer que assim eu amo você!</div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-18140425572011232532014-03-06T18:40:00.000-03:002014-05-31T11:54:30.126-03:00Hora de... seguir em frente<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQUSHMduWjHjaoNbJuPhC1wx-40viufGRyr2H53Vk8VqIkQaB4h6lD_BB5-cA95AoaZXNFCi0d3l4_OnVrpYVf8U1t7r2YmJbAR6N8Mmq1MMxs6SWBFMABj18xuoFb19RBhl9LWNlmTUI/s1600/CHORAR.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQUSHMduWjHjaoNbJuPhC1wx-40viufGRyr2H53Vk8VqIkQaB4h6lD_BB5-cA95AoaZXNFCi0d3l4_OnVrpYVf8U1t7r2YmJbAR6N8Mmq1MMxs6SWBFMABj18xuoFb19RBhl9LWNlmTUI/s1600/CHORAR.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem: Silvia Navarro</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Despedidas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nunca parece ser algo bom. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sempre que possível, não escolha despedidas. Entenda como um 'até logo'. Ou faça parecer assim. Ele demonstra ser o menos pior possível. Com o 'até logo' você sabe que a pessoa continuará pensando em você. E você, nela. O 'até logo' permite que um esteja na porta de saída, esperando pelo outro, qualquer dia desses, após a aula ou o expediente. Permite, também, que uma ligação seja dada, uma carta, mesmo que virtual, seja enviada. Nesse mundo tão conectado, há os modernos 'orkuts', da vida: Facebook, Twitter, Instagram, Whats App... basta ter a coragem de enviar a mensagem. Pode ser um "tô com saudade", um "você faz falta" ou até mesmo aquele "parabéns pela belíssima derrota do seu time, hahaha". Apenas envie. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
***</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As nove pessoas já estavam à mesa. Seus olhares tristes denunciavam a despedida que viria pela frente, o "até logo", melhor dizer. As mãos do dizente, trêmulas, tentavam, uma à outra, disfarçar a emoção que ele já encontrava nos semblantes ao seu redor. Tentativa frustrada, pois a caneta, pendente entre o indicador, o polegar e o papel, anunciava com vasta exatidão as lágrimas que logo beirariam seus olhos. E que procurou segurar até o fim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A voz... ah, a voz! Eis a parte que mais gostaria de ter descrito, no momento. A voz, rouca, sumia conforme as palavras precisavam serem ditas. "Eu vou continuar por aqui", repetia ele, sorrindo, tentando encontrar forças para provar que sempre seria um 'porto seguro' aos seus pupilos. Mas a voz sumia, aos poucos. Com tamanho carisma, o tom alternava de inseguro para triste, de triste para alegre, de alegre para confiante, de confiante para docemente melancólico e então voltava a ficar inseguro, e triste, e alegre, e confiante... </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então não apenas o seu próprio olhar, mas todos os outros mareavam-se diante do discurso do fim. Ou não seria, este, o fim? Se não há despedida, não há final. Ceto? O 'até logo', transformou o fim em recomeço, em segundo passo, em um novo momento de colocar o pé na estrada com a possibilidade de olhar pelo retrovisor, almoçar no pit stop, encontrar atalhos para o retorno, mas seguir em frente, sempre. E não há problema se o vento o acompanhar. Afinal, da mesma forma com que ele pode fazer um cisco cair em seu olho, ele também pode fazer com que esse mesmo cisco saia. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
***</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Siga em frente. Que seguiremos você! </div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: auto; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-78000942990367616312014-02-27T21:23:00.002-03:002014-05-31T11:54:41.094-03:00De borboletas a embrulhos no estômago: sobre o 'fim do relacionamento'<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh55GToeHpEFc2dnu1xD1GNpI2I9_YSSSQWtuf9HSuOoyMmjPx6_g-bPEYrAzieIAz7OwjxduX2BTklPLkrN7Oq2A4Y4GvxiEqv7ap7SaMZw3qzJOqZctDzfGamAV2FtpR4Wm2z6mlFxS8/s1600/borboletas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh55GToeHpEFc2dnu1xD1GNpI2I9_YSSSQWtuf9HSuOoyMmjPx6_g-bPEYrAzieIAz7OwjxduX2BTklPLkrN7Oq2A4Y4GvxiEqv7ap7SaMZw3qzJOqZctDzfGamAV2FtpR4Wm2z6mlFxS8/s1600/borboletas.jpg" height="213" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem: Sweet Daydreamer</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Parece que você encontrou 'o amor da sua vida'. Não é nada do que você sempre sonhou, mas tudo o que você precisa e gosta. Ou pelo menos aprendeu a gostar. Até os defeitos são belos, pois são únicos e verdadeiros e você os admira. E assim como você aprende, também ensina. E vocês se completam. Podem passar o dia todo juntos, mas chega em casa e recebe a mensagem dizendo 'já estou com saudade'... e então as borboletas em seu estômago se desdobram em revoadas: aquela sensação impossível de explicar e maravilhosa de sentir, que te dá asas ao infinito e te leva a uma viagem cósmica. Você está vivendo uma paixão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E esta paixão é correspondida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E então vocês começam um relacionamento longe da perfeição, mas o mais próximo possível da pureza dos sentimentos: tudo é sincero e verdadeiro. E quanto mais conhece o outro, mais tem a certeza de que se tem tudo. Você respeita e tem o respeito. Você ama e tem o amor. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Longe da perfeição, torno a dizer. Algo começa a dar errado e as frases clichês surgem: ‘não dá mais para continuar’, ‘não é você, sou eu’ ou ‘é o melhor para nós dois’. E tudo acaba.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aquelas borboletas em seu estômago, que já estavam adormecidas com o tempo, dão lugar a enxurradas de complicações: há um embrulho ali, uma metamorfose invertida. O maravilhoso se transforma em estranho. Nasce um vazio em seu peito e uma dor que você acredita ser insuportável. E é. Parece ser, mas acredite: você está longe de ser a única pessoa no mundo a senti-la. E esta não será a única vez que borboletas alvoroçadas ou embrulhos remexerão seu estômago, mas viverá todas como se fossem únicas, porque não há nada mais gostoso do que viver uma paixão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
*Escrito em dezembro de 2012</div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-1567384899198781192014-02-23T16:20:00.003-03:002014-08-04T20:21:40.420-03:00Devaneios de uma leitora apaixonada: o melhor final feliz<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgjJuFoCNONqKcy9ulAGVNJ-rbBjfLkdUU-5lowuw9fEKZ_WIDkAUa_gct81onafExS5qBjRPvdNgHvaYgzDwnGWG-pVNB0DRWiH9y6zsscPlN0McOs4ECVvMgpXFyRhcF_5S5krHZqrs/s1600/casal+na+cama.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgjJuFoCNONqKcy9ulAGVNJ-rbBjfLkdUU-5lowuw9fEKZ_WIDkAUa_gct81onafExS5qBjRPvdNgHvaYgzDwnGWG-pVNB0DRWiH9y6zsscPlN0McOs4ECVvMgpXFyRhcF_5S5krHZqrs/s1600/casal+na+cama.jpg" height="225" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem: Google</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Sempre achei que ele fosse gay. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No fundo eu queria achar, assim teria um motivo a mais para fazer dele o cara impossível para mim <strike>além de ele ser lindo, maravilhoso, perfeito, romântico, talentoso, rico e famoso</strike>, mas então [ah, sempre tem um 'mas', para continuar a história, ou torná-la mais interessante], descobri que ele não é gay. Ele continuaria fofo, lindo, perfeito, maravilhoso, gostoso, encantador e charmoso, mesmo se fosse, mas não é, e isso me coloca como 'alguém provável' de sair com ele, algum dia, quem sabe, talvez...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E eu tenho fantasias sexuais com meu ídolo.</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Imagino a sua pegada, qual seu jeito de beijar e fazer carícias. Imagino seus truques de excitar uma mulher, de fazê-la alcançar o ápice. Imagino e fantasio. Desejo. Entrego-me em devaneios. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entre um texto e outro, ele fala sobre sexo. Penso se ele se baseia em alguma experiência específica ou de forma geral. Gostaria eu de ser específica. Gostaria de ser descrita em seus textos. Gostaria que um dia ele contasse como chegamos em casa após uma noite tomando uns drinks no bar com os amigos, já alegres e extremamente risonhos, tropeçando pelos móveis da sala e deixando abajur e outras partes da casa segurarem as peças de roupas que apressadamente arrancamos de nossos corpos quentes, enquanto procurávamos um lugar para consumar a paixão: o sofá. </div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
E ele acordaria na manhã seguinte já na cama, feliz pela noite maravilhosa e por eu ainda estar dormindo. Então ele levantaria com todo cuidado para não me acordar e deixaria um bilhete, dizendo o quanto foi boa a noite, mas precisava seguir adiante.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E teríamos um final feliz: sem adeus e sem espera, como um romance de bar. Como todo romance deveria ser. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-48547225846488779482014-02-20T11:12:00.000-03:002014-05-31T11:55:04.553-03:00[Livro] A cidade do Sol, de Khaled Hosseini<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiotFyTfjmQuL20E9Q1kQ492Ql_1kbiWEl_2yKR-MiLEhkLJjRe2OnHbIe-L9UVts2cR0mzzaM6X49zgpF4QgcnJGGhzrqUoDPIAyty18xrrBx1FoItZrsdGGLM76jFnjcgHqlo5i_vydg/s1600/a+cidade+do+sol.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiotFyTfjmQuL20E9Q1kQ492Ql_1kbiWEl_2yKR-MiLEhkLJjRe2OnHbIe-L9UVts2cR0mzzaM6X49zgpF4QgcnJGGhzrqUoDPIAyty18xrrBx1FoItZrsdGGLM76jFnjcgHqlo5i_vydg/s1600/a+cidade+do+sol.jpg" height="320" width="221" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Capa do livro - Divulgação</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A cultura do Oriente médio chega a chocar os povos ocidentais. Num exemplo extremo, fere os princípios do feminismo. Os homens, que podem ter até quatro esposas, são machistas e se colocam à frente de qualquer decisão. As mulheres não têm voz, são subordinadas dos caprichos de seus pais ou maridos. É considerada de pouca sorte a família que tem como primogênito uma filha mulher. Quase todos os casamentos são arranjados. É neste cenário que encontramos Mariam e Laila, mulheres afegãs com sofridas trajetórias de vidas que se cruzam em Cabul. A guerra, a violência e o poder do homem sobre a mulher são fortes temas abordados pelo autor do best-seller <i>O caçador de pipas</i>, Khaled Hosseini, no livro <i>A Cidade do Sol</i>. "É isso que a vida reserva para nós, Mariam” - disse a mãe da menina – “E suportamos, temos que suportar”. Um estilo de vida ou um fardo?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mariam é filha bastarda do patrão com sua empregada. Para fugir da humilhação pública, Kalil mandou Nana e o bebê para uma cabana isolada. Por quinze anos foi o pai atencioso e carinhoso, indo visita-la uma vez por semana. Mariam o amava, mas então percebeu que sua existência era vergonha deste rico homem. Com a morte da mãe, causada pelo desgosto, a jovem Mariam teve de se casar com o sapateiro Rashid, com mais que o dobro de sua idade, e foi com ele para Cabul. Rashid, calejado pelas trágicas perdas da primeira esposa e do primeiro filho, anseava outro herdeiro, mas, após sete tentativas frustradas, tornou-se a vergonha também do marido, alcançando sua indiferença.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Laila nasceu de uma família de classe média, que a guerra destruiu. Sem ter para onde ir, casou-se com Rashid, marido de Mariam. Vivendo sob opressão, tanto do marido quanto da sociedade talibã, Laila e Mariam criam forte laço, como mãe e filha, cúmplices, companheiras, de carinho e extremo amor uma pela outra. A jovem Laila, de uma geração posterior à de Mariam, encontra em seu amigo de infância um amante. A história se desenrola nesse misto de amor e ódio, em vidas cruzadas pelo destino.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar de ser narrado em terceira pessoa, o livro conta a história segundo as visões das protagonistas Laila e Mariam, seus pensamentos, devaneios, aspirações e medos. O leitor sente que o autor pretende passar em cada frase, por ser real, por retratar as dificuldades das mulheres do Oriente Médio, a ideia de a mulher servir ao marido e gerar filhos, sem qualquer outro significado especial para sua existência. “Rashid tinha mudado desde aquele dia na casa de banhos. Às vezes, aparecia no meio da noite para fazer sexo. Tudo acontecia rapidamente e, nos últimos tempos, de forma brutal. Andava emburrado, achava defeitos na comida, queixava-se da bagunça no quintal e reclamava da mínima sujeira na casa”. Assim era a rotina após um dos abortos de Mariam.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O livro narra o contexto histórico da guerra do Afeganistão e vários problemas políticos enfrentados pela população dos anos 60 em diante, face às dificuldades das duas mulheres. “Durante o trajeto, viram casas de barro com telhados de sapê e campos pontilhados de feixes de trigo. Aqui e ali, naqueles campos poeirentos, Laila podia ver as tendas pretas dos nômades Kuchi. E, vira e mexe, carcaças queimadas de tanques soviéticos e helicópteros destroçados". </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Guerra no país e guerra das duas mulheres contra o país, este pode ser o resumo do livro em uma linha. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Khaled Hosseini, autor da obra, tornou-se renomado escritor ao publicar <i>O Caçador de Pipas</i>, em 2003, com mais de 8 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. <i>A Cidade do Sol</i> foi considerado, segundo alguns sites, o segundo livro mais vendido de 2007/2008. As duas obras são fortes leituras, ambientadas no Afeganistão, com temáticas pesadas, porém prazerosas. Se lágrimas rolarem, junto ao ódio e compaixão, valerão cada momento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A cidade do Sol, de Khaled Hosseini, 2007</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Editora Nova Fronteira, 363 páginas – 7ª impressão</div>
<div style="text-align: justify;">
Tradução: Maria Helena Rouanet – Rio de Janeiro </div>
<div style="text-align: justify;">
Título original: <i>A Thousand Splendid Suns</i></div>
bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4156774023484532802.post-35683895219539399312014-02-16T12:20:00.001-03:002014-05-31T11:55:13.421-03:00[Livro] A morte e a morte de Quincas Berro D'agua<br />
<div style="text-align: right;">
</div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUvpKS27N_3A-aP7MLt9pd7TaNFGq6fjKqcBvyHPZ2_imBX9p0YJLN8VntApgprP5YDzhWN5GrLQY0QdR0LRTBkNLARqF5RWpSQk7m4cNnsBBl9cVxBHlyan2ESe-88aJpg5QqhOb3MJVA/s1600/a-morte-e-a-morte-de-quincas-berro-d-agua-jorge-amado.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUvpKS27N_3A-aP7MLt9pd7TaNFGq6fjKqcBvyHPZ2_imBX9p0YJLN8VntApgprP5YDzhWN5GrLQY0QdR0LRTBkNLARqF5RWpSQk7m4cNnsBBl9cVxBHlyan2ESe-88aJpg5QqhOb3MJVA/s200/a-morte-e-a-morte-de-quincas-berro-d-agua-jorge-amado.jpg" height="200" width="130" /></a><br />
<div style="text-align: justify;">
Uma mesma pessoa pode morrer duas ou três vezes? Há como escolher a hora, o local e a forma da própria morte? Coisas que parecem ser impossíveis para você é mais do que possível para Quincas Berro D'agua, personagem do escritor baiano Jorge Amado.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Este livro narra a essência do nordeste brasileiro através das falas e costumes das intrigantes personagens de Amado. Quem está certo nessa história? Quem está errado? Quincas Berro está mesmo morto? Até quando? Mergulhe no negro humor de Jorge Amado.</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Acesse o <a href="http://compare.buscape.com.br/comp_prod?id=3482&ids=1853591183,1850100484">Buscapé</a> e compare os preços.</div>
</div>
<br />
<br />bruuhshttp://www.blogger.com/profile/17071770521483056489noreply@blogger.com