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Se, em janeiro de 2012, alguém me dissesse o que iria me acontecer durante todo o ano, na certa eu o chamaria de louco, gozaria de ideias tão absurdas... mas tudo isso aconteceu. 2012 foi o ano em que eu conheci a sensação de estar feliz e incompleta, ao mesmo tempo. Foi o ano em que eu percebi que me sinto à vontade, sendo eu mesma. O ano em que tudo o que parecia importante passou a ser segundo plano. O ano em que me apaixonei pelo impossível. Não sei dizer quando surgiu, onde começou e nem o porquê. De repente eu estava enviando torpedos, ligando, marcando encontros. Eu estava imersa em um mundo nosso, só nosso e de mais ninguém. De repente eu estava entregue a um sentimento totalmente novo, para mim. Eu não precisava fingir felicidade. Ela estava ali, diante de mim, estampando o riso mais sincero nos meus lábios.
Infelizmente as coisas não duram para sempre. Eu sabia que aquele momento iria acabar, mas ainda não estava preparada. Acabou cedo demais. Acabou sem que eu pudesse dizer que aqueles poucos meses me fizeram crescer. Acho que finalmente saí da fase ‘namoro de adolescência’ para viver um romance de verdade. Ela me salvou. Salvou-me também ao me fazer perceber que nada dura para sempre. Nem as coisas boas, nem as coisas ruins. Salvou-me ao me libertar do que não valia a pena lutar. Salvou-me de viver uma vida vazia. Salvou-me em diversas formas, mas a forma mais bonita foi salvar-me da realidade, da areia movediça que se tornou a minha vida. Ela salvou-me de mim mesma.
Uma verdadeira heroína. Heroína camuflada que não gosta de se mostrar, que ignora o quão bom é o seu coração, que não acredita em si mesma, que possui milhares de defeitos, mas é única e perfeita, para mim, que se esconde atrás de uma máscara de multipolaridade, que teme ser feliz, que demonstra secura, mas, lá no fundo, alimenta uma alma limpa e generosa, que coloca a família no mais alto pódio, que se diz não se preocupar com os outros, mas se preocupa com alguns 'outros' que ama. A minha heroína, cujo olhar me acompanhará por onde eu for, tuas mãos segurarão as minhas quando houver medo, teus lábios eu beijarei todas as noites, durante meus sonhos e, pela primeira vez em toda a minha vida, serei altruísta. Por mais que doa, em meu coração, sei que o melhor é você viver uma vida sem mim.
Se, em janeiro de 2012, alguém me dissesse o que iria me acontecer durante todo o ano, na certa eu o chamaria de louco, gozaria...
Heroína camuflada
Por bruuhs | 10:02
Se, em janeiro de 2012, alguém me dissesse o que iria me acontecer durante todo o ano, na certa eu o chamaria de louco, gozaria de ideias tão absurdas... mas tudo isso aconteceu. 2012 foi o ano em que eu conheci a sensação de estar feliz e incompleta, ao mesmo tempo. Foi o ano em que eu percebi que me sinto à vontade, sendo eu mesma. O ano em que tudo o que parecia importante passou a ser segundo plano. O ano em que me apaixonei pelo impossível. Não sei dizer quando surgiu, onde começou e nem o porquê. De repente eu estava enviando torpedos, ligando, marcando encontros. Eu estava imersa em um mundo nosso, só nosso e de mais ninguém. De repente eu estava entregue a um sentimento totalmente novo, para mim. Eu não precisava fingir felicidade. Ela estava ali, diante de mim, estampando o riso mais sincero nos meus lábios.
Infelizmente as coisas não duram para sempre. Eu sabia que aquele momento iria acabar, mas ainda não estava preparada. Acabou cedo demais. Acabou sem que eu pudesse dizer que aqueles poucos meses me fizeram crescer. Acho que finalmente saí da fase ‘namoro de adolescência’ para viver um romance de verdade. Ela me salvou. Salvou-me também ao me fazer perceber que nada dura para sempre. Nem as coisas boas, nem as coisas ruins. Salvou-me ao me libertar do que não valia a pena lutar. Salvou-me de viver uma vida vazia. Salvou-me em diversas formas, mas a forma mais bonita foi salvar-me da realidade, da areia movediça que se tornou a minha vida. Ela salvou-me de mim mesma.
Uma verdadeira heroína. Heroína camuflada que não gosta de se mostrar, que ignora o quão bom é o seu coração, que não acredita em si mesma, que possui milhares de defeitos, mas é única e perfeita, para mim, que se esconde atrás de uma máscara de multipolaridade, que teme ser feliz, que demonstra secura, mas, lá no fundo, alimenta uma alma limpa e generosa, que coloca a família no mais alto pódio, que se diz não se preocupar com os outros, mas se preocupa com alguns 'outros' que ama. A minha heroína, cujo olhar me acompanhará por onde eu for, tuas mãos segurarão as minhas quando houver medo, teus lábios eu beijarei todas as noites, durante meus sonhos e, pela primeira vez em toda a minha vida, serei altruísta. Por mais que doa, em meu coração, sei que o melhor é você viver uma vida sem mim.