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Pode ser apenas um momento, ou um efeito para toda a minha vida;
Pode ser um arraso ou um arrastão de futilidades aniquilando aquela canção;
Pode ser quem sabe um ser sem jeito de entrar, que cicatriza mais do que sabe amar;
E se for um alguém que mais agrade que ofenda, acompanha a ambição.
Quem sabe se a gente, desse modo inconseqüente, não agüente e arrebente a corrente?
É triste sorrir no final de um dia que nada valeu o sorriso, para quem não mereceu;
É inconsolável arrancar das mãos as rosas vermelhas que murcharam com a solidão.
A ponte mais longa insana a vontade de atravessá-la, com humor negro;
A avenida larga alarga a distância das nossas mãos vazias e geladas;
A brisa noturna arranha a garganta sedenta e seca de lágrimas afogadas na paixão.
Apaga-se o calor do coração, preso num espaço de tempo incerto no relógio da parede;
A cor dos olhos da velha canção ofusca a luz da embriagada noite de inverno.
E se no espaço há espaço para deslocar a lua, encontre-me em um espaço sem gritar;
Confusão e conflitos entregues de mãos beijadas na expressiva diversão;
E se ainda há alguém que confie que podemos simplesmente ser assim...
Não, não falo da verdade e da igualdade das nações, pois, sem voz, muda nada mudará;
É como atingir o público alvo da rivalidade conflitante do seu próprio coração,
Agradecendo oportunidades de convencer a razão a ceder espaço para a emoção.
Pois quem sabe se a gente, desse modo inconseqüente, não agüente e arrebente a corrente?
Será que pode ser assim?