A porta se abriu violentamente, formando uma rajada de vento que quase derrubou a menininha. Aquela última briga, ela jamais iria querer lembrar, mas seria impossível esquecer.
O tempo passou depressa. As noites de insônia só aumentaram. Nunca houve brilhantismo em teu caminho. Poucos sabiam teu nome. Muitos a odiavam. Ninguém lhe amava. Era infeliz e não sabia. Nunca havia experimentado o amor. Já tivera outrora algumas paixões. Acabaram tão rápido quanto começaram. Não era feliz.
Do espaço houve espaço para lançar-lhe a dor. Em um momento de raiva jogou tudo para o alto e sumiu. Os poucos que a conheciam, nunca mais souberam sobre a menina. Mais um corte brusco no tempo trouxe aos ausentes a enxurrada de calor. Ela voltou com o outono. Uma fria folha seca com a jovialidade estampando seu sorriso. O distante fez-lhe bem. A então menininha dos olhos assustados hoje seduz e reúne enamorados. Mas ainda não sabe o que é felicidade.