Ela apoiava a cabeça nos braços fortes do seu primo. Acostumada a receber seu carinho desde a infância, não tinha receio em se aproximar. Fechou os olhos por um longo instante e sentiu o perfume masculino misturar-se ao seu. Com o vento entrando pela janela, percebeu um calafrio arrepiar sua pele. O corpo quente do rapaz parecia querer aquecer o corpo da menina. Os braços dele, que antes apoiavam apenas a cabeça da moça, agora a envolvia em um confortável cobertor humano.
Ele cheirava seu cabelo e beijava sua testa. Ela quis retribuir o carinho com um beijo no rosto e levantou a cabeça, até que seus lábios ficaram a poucos centímetros dos dele e seu nariz gelado tocou a ponta do nariz do rapaz. Olhos nos olhos e aos poucos suas silhuetas estavam se encaixando. Sem mais querer frear o desejo, os dois jovens se entregaram em um profundo e apaixonado beijo.
A janela ainda estava aberta, como
que se quisesse que a lua assistisse a tudo. O calor do corpo dele já havia
invadido todas as partes do corpo dela. Sussurros intermináveis replicavam o
prazer daqueles dois jovens. Foi uma longa noite de amor.
Na manhã seguinte, ainda deitados no sofá, com apenas os lençóis cobrindo as partes íntimas dos seus corpos, os dois recente amantes olharam-se confusos e incrédulos com as lembranças da última noite. Deixaram de ser os amigos de infância para serem íntimos na cama. A luz do sol começava a invadir o interior da sala e logo a moça levantou-se, ainda assustada, para o seu banho matinal. "Sorte que ninguém nos viu", pensou ela. Todos na casa ainda dormiam nos andares superiores.
Não falou mais sobre isso. Nem com ele, nem com qualquer outra pessoa. Guardou as lembranças daquela noite para si e assim tentou fazer parecer que nunca aconteceu, apesar de ter gostado bastante. Ele também evitava olhar para ela, como se temesse qualquer sinal de recaída. Afinal de contas, eram primos. Que diriam seus pais e seus tios? E quanto aos outros primos, achariam estranho?
Outra noite inesperada aconteceu. Ela chegou em casa, após retornar de breve viagem e encontrou um bilhete: "Estamos em Brasília. Voltamos no domingo à noite". Deixou o bilhete na mesa, tomou banho e foi se deitar. No início da madrugada ouviu barulhos à porta. Ele não havia ido viajar. Se dirigiu ao seu quarto e não deixou de reparar que ela estava no quarto dela. Bateu à porta, perguntou se ela precisava de algo, deu o habitual beijo na testa e voltou para seu quarto, mas não conseguiu dormir. Passou um tempo pensando em seu perfume, seu gosto, seu beijo. Ele a desejava. E ela também. Olhava impaciente para o relógio e a hora parecia não querer passar. Se levantou, foi ao andar de baixo, tomou água e sentou no sofá. Poucos minutos depois ele apareceu e assim, como se tivessem combinado um encontro, se entregaram.
Não era romance, nem paixão, nem namoro, nem aventura. Era casual. Entre uma semana e outra, na hora do almoço ou de madrugada, na cama ou no sofá, no chuveiro ou no carro... eles não tinham ciúmes dela. Ela não se importava com os vários encontros dele. Sem combinar nada eles simplesmente se encontravam e se deleitavam em infinito prazer, mas o prazer, aos poucos, foi esfriando. Ela começou a inventar desculpas para não encontrá-lo. "Estou com dor de cabeça", "Trabalhei o dia todo, quero descansar", "Estou naqueles dias", "Preciso acordar cedo, amanhã".
Na manhã seguinte, ainda deitados no sofá, com apenas os lençóis cobrindo as partes íntimas dos seus corpos, os dois recente amantes olharam-se confusos e incrédulos com as lembranças da última noite. Deixaram de ser os amigos de infância para serem íntimos na cama. A luz do sol começava a invadir o interior da sala e logo a moça levantou-se, ainda assustada, para o seu banho matinal. "Sorte que ninguém nos viu", pensou ela. Todos na casa ainda dormiam nos andares superiores.
Não falou mais sobre isso. Nem com ele, nem com qualquer outra pessoa. Guardou as lembranças daquela noite para si e assim tentou fazer parecer que nunca aconteceu, apesar de ter gostado bastante. Ele também evitava olhar para ela, como se temesse qualquer sinal de recaída. Afinal de contas, eram primos. Que diriam seus pais e seus tios? E quanto aos outros primos, achariam estranho?
Outra noite inesperada aconteceu. Ela chegou em casa, após retornar de breve viagem e encontrou um bilhete: "Estamos em Brasília. Voltamos no domingo à noite". Deixou o bilhete na mesa, tomou banho e foi se deitar. No início da madrugada ouviu barulhos à porta. Ele não havia ido viajar. Se dirigiu ao seu quarto e não deixou de reparar que ela estava no quarto dela. Bateu à porta, perguntou se ela precisava de algo, deu o habitual beijo na testa e voltou para seu quarto, mas não conseguiu dormir. Passou um tempo pensando em seu perfume, seu gosto, seu beijo. Ele a desejava. E ela também. Olhava impaciente para o relógio e a hora parecia não querer passar. Se levantou, foi ao andar de baixo, tomou água e sentou no sofá. Poucos minutos depois ele apareceu e assim, como se tivessem combinado um encontro, se entregaram.
Não era romance, nem paixão, nem namoro, nem aventura. Era casual. Entre uma semana e outra, na hora do almoço ou de madrugada, na cama ou no sofá, no chuveiro ou no carro... eles não tinham ciúmes dela. Ela não se importava com os vários encontros dele. Sem combinar nada eles simplesmente se encontravam e se deleitavam em infinito prazer, mas o prazer, aos poucos, foi esfriando. Ela começou a inventar desculpas para não encontrá-lo. "Estou com dor de cabeça", "Trabalhei o dia todo, quero descansar", "Estou naqueles dias", "Preciso acordar cedo, amanhã".
- É só sexo, não é? - perguntou ele, após uma das raras noites que eles se encontraram.
- Sim. Apenas sexo. Nada mais.
- Ok. - o silêncio durou por uns dez minutos - Tem uma música que me faz lembrar você. Ouça, quando puder.
Ele deixou o computador ligado com a música no Media Player e saiu: Somebody That I Used To Know. Essa foi sua maneira de dizer que, enquanto ela vivia a ilusão de um sexo casual, ele criava expectativas de um romance. Ela desligou o computador, pegou seus lençóis e alugou sua própria casa. Essa foi sua maneira de dizer que, enquanto ele vivia a ilusão de um romance, ela criava expectativas de apenas mais uma noite de sexo.
Ele deixou o computador ligado com a música no Media Player e saiu: Somebody That I Used To Know. Essa foi sua maneira de dizer que, enquanto ela vivia a ilusão de um sexo casual, ele criava expectativas de um romance. Ela desligou o computador, pegou seus lençóis e alugou sua própria casa. Essa foi sua maneira de dizer que, enquanto ele vivia a ilusão de um romance, ela criava expectativas de apenas mais uma noite de sexo.