Era apenas mais uma, dentre tantos novatos. Um rosto que não imaginei que ficaria gravado. Amigos em comum. Músicas em comum. Filmes em comum. Séries em comum. Profissão em comum. Faculdade em comum. Não sei dizer, ao certo, quando a amizade se firmou, mas sem dúvida alguma afirmo que hoje é tão forte que não há como explicar.
Acho que ela foi a única pessoa com quem não perdi contato, por certo tempo. Não havia maneira. Conversar com ela sempre me faz bem. Mesmo que seja uma conversa superficial do tipo “Oi, Sua Linda! Ouvi Lionhearte lembrei de você”.
Ela tem um poder de dizer com o olhar tudo o que eu desejo ouvir. E isso não parece tarefa fácil. Ela tem o dom de perguntar como estou sempre que preciso de alguém que demonstre que se preocupa comigo. Ela sabe me aconselhar de um jeito correto e sincero sem destruir meus planos. Ela entende a maneira como eu digo que estou bem. Às vezes posso não estar, mas ela sabe disso. Ela tem um humor característico e marcante que me provoca confortável carisma e felicidade. E seus abraços são dos mais sinceros que já recebi.
Tem pessoas que surgem em nossas vidas assim, sem avisar, sem hora marcada e sem pedir licença. Às vezes você deixa essa pessoa entrar, ainda um pouco receosa do que pode acontecer, e às vezes você fecha a porta da sua vida sem nem ao menos espiar pelo olho mágico para checar se não vale a pena abrir a porta ao menos para uma conversa durante o chá da tarde. Com ela foi diferente. Acho que se mesmo que ela não tivesse surgido sem avisar, sem marcar hora e sem pedir licença, eu teria espiado pela janela, teria deixado a porta aberta e a teria convidado a entrar, com a maior expectativa sobre o chá da tarde.
Eu não estava na janela, nem espiei pelo olho mágico, mas ela apareceu. Nem precisou bater à porta. Eu parecia já ter sentido sua presença e estava ali, caminhando ao seu encontro. Foi um feliz encontro. Um ótimo bate-papo durante o chá da tarde. Ou melhor, durante o frappuccinoda Starbucks.
Um ano e meio depois de trocar as primeiras palavras com essa tão bela e singela moça, encontro em mim uma paz tamanha por saber que tenho ao lado alguém tão especial para compartilhar momentos da minha vida.
Não queria entrar aqui em um clichê, mas tenho que dizer que ela me faz um bem danado, que eu sou absolutamente sortuda por ter uma amiga tão especial. E para que vocês, amados leitores, compreendam o quão especial essa moça é em minha vida, eu lhes digo que não confio meus textos a ninguém, mas faço questão que ela leia até aqueles que eu não quero publicar. Permito até que ela palpite em meus artigos e crônicas e aceito cada argumento que ela utiliza para fazer-me mudar um parágrafo ou outro.
Essa moça, meus estimados leitores, é uma pessoa que enche-me de alegria e orgulho por ter personalidade forte tão admirável e ao mesmo tempo doce, em sua maneira única de ser. Essa moça de pele morena, olhos castanhos e sorriso bonito, a quem eu chamo carinhosamente de Fofa.