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“Você viu o cara novo?”, perguntou a amiga. “Bonitinho. Pena que tem aliança”. E assim começou a história de um romance acabado antes mesmo de seu início.
Ou talvez, não.
Almoçaram juntos. E juntos estavam os amigos em comum. Parecia um almoço comum. Mas não trocaram palavras nem entre eles, nem para os amigos. Apenas olhares. Entre eles. E os amigos não perceberam.
Não acabou. E também nem começou.
Semanas depois, um café, em horário comum. Apenas eles, sem os amigos. Feliz coincidência? Não. Ele a observava e esperou que ela se levantasse. Foi atrás e pediu o mesmo café. Sentaram lado a lado. Não conversaram. Ela saiu.
Mais alguns dias se passaram. Ele decidiu não desistir. Seguiu-a. ela não ia tomar café. Ia embora, mas o viu. Imaginou o que se seguiria. Ficou. Tomaram café. Juntos. E conversaram.
E foi assim todos os dias. Dois colegas dividindo o horário do café. Nada mais para dizer.
E o romance? Anda quente, como o café... tão quente que não pode ser tomado. Ele está prestes a se casar.
Ela sabe disso, mas mesmo assim se encantou.
Ele não poderia, mas mesmo assim se encantou.
De encanto em encanto, uma paixão.
"E essa é a história de um romance que nunca começou", ela disse.
Em resposta, ele poetizou: "as melhores histórias de amor são aquelas que nunca foram vividas”.
Ele a abraçou. Abraço quente. Como o café. Como o amor.