Eu lembro da moça bonita da praia de Boa Viagem. Na verdade não é da praia que eu a conheci. Nunca nem ao menos estivemos juntas no litoral. Também nunca estive em Boa Viagem, mas lembro da moça da tarde de um domingo azul, e todos os outros dias da semana. Seus olhos não são azuis como a tarde de um domingo azul, mas verdes... verdes de esperança, verdes dos mais lindos verdes, da cor mais bonita, minha preferida, do tom ideal. A moça bonita da cidade, de olhos verdes, de coração amável, é minha querida e inesquecível amiga: minha belle de jour.
Ela era a melhor companhia de todas as tardes, minha riqueza de alegria e felicidade, meu pote de ouro. Não tenho mais tua doce companhia vespertina, nem almoçamos mais juntas. Há muito não dividimos uma cerveja ou algumas garrafas de coca, nem uma porção de petit gateau. E sinto falta disso.
Não temos muito em comum, mas é incrível o quanto nos damos bem. Às vezes passávamos a tarde inteira rindo de nossas próprias bobagens. Outras vezes o nível de alegria era tão alto que confundia pessoal e profissional (nas redes sociais). E isso era assunto para o restante da semana (e da vida!).
Minha Belle de Jour está sempre em meu coração. Às vezes acontece de ficarmos estressadas num mesmo período e então trocamos chutes, pontapés, socos, brigas com hashi de dinossauro e tentamos jogar uma a outra escada abaixo, mas nada que não nos seja saudável! Rsrs. Eu adoro essa garota e espero, torço, oro e farei sempre o possível para mantê-la eternamente ao meu lado. Eis o castigo por ser tão especial...